Meu jovem não fique rindo
por que o caso é sério
eu não trabalho com medo
pois egun não tem mistério
e Exu não mete medo
e o lugar de mais sossego
é dentro do cemitério
È dentro do cemitério
o melhor lugar do mundo
onde todos são iguais
do santo ao vagabundo
e é dentro do cemitério
que eu sinto todo o mistério
em um silêncio profundo
Àqueles que acreditam que existem almas que correm atrás da gente!
martedì 3 agosto 2010
domenica 1 agosto 2010
Covas-Itiúba 31/07/2010 Arte no Árido
Eu vim pra esta oficina
por acaso por ventura
de Bonfim peguei carona
logo em busca de cultura
para então conhecer
a nossa xilogravura
logo que aqui cheguei
meu coração embalado
viu logo Natividade
por ele bem palpitado
avistei com alegria
o grande mestre Maxado
por isso muito ganhei
como numa loteria
e hoje nasci de novo
retormei esta magia
faltava xilogravura
em toda minha poesia
Luiz é a própria arte
por ele tenho amizade
aprendi com sua vida
muita criatividade
seu nome já é uma lenda
se chama Natividade
dele nasce a poesia
o encanto a lealdade
nasce esta simpatia
esta força de vontade
nasce a serenidade
do mestre Natividade
mercoledì 21 aprile 2010
Anastácia é um Episódo cabível!
Na sombra da noite!
A todos que acham que me conhecem ...muito prazer!!!Sou Anastácia ...
A todos que acham que me conhecem ...muito prazer!!!Sou Anastácia ...
lunedì 21 luglio 2008
Em minha vida tudo vira cordel!
Vejam a minha avaliação cordelística sobre uma capacitação para grupos de teatro em Andorinha!
Atrizes e atores presentes
utilizo este papel
e registro este momento
com este simples cordel
pois eu soube deste evento
quando estive em um bordel
Eu entrei por acaso
no cabaré da Regina
que antes era na BR
e mudou pra uma esquina
"Tu nem vai pra Andorinha
vai ficar aqui menina?"
Uma bicha arretada
que não digo nem a pau
disse:-"Lá em Andorinha
é que deve tá legal
pois tem um curso porreta
de direção teatral"
Meio sem acreditar
no que a pessoa diz
fu falar com Benedito
lá na Casinha Feliz
e se vocês querem saber
eu vim aqui porque eu quis
pois disseram que o curso
era bom pra valer
"mas que infelizmente
não tem vaga pra você
e ainda se espataram
"Como tu fo saber?"
Bem feito para você
que não é de nosso grupo
agora vá fazer cordel
com essa cara de luto
domingo eles tão de volta
e ai te contam tudo
Eu me atropelei toda
limpei minha cara de pau
peguei a minha barraca
e vejo que não fiz mal
-Vou ver qual é a de mermo
da direção teatral
Quando avistei a serra
vi que estava em Andorinha
sem vaga,sem inscrição
sem dinheiro mas eu vinha
vindo de inxerida
era a certeza que eu tinha
Para encontrar o encontro
procurei uma solução
pois fazer fofoca é fácil
mas custa uma informação
é como achar a verdade
em tempo de eleição
Descobrir qu o tal curso
da suspeita direção
era parte de um projeto
de ter capacitação
com Vinícios professor
que era uma tentação
Agora veja no que deu
esta capacitação
montaram uma montagem
mais que filme de ação
todo mundo bem perdido
procurando solução
Aconteceu uma festa
cheinha de confusão
foi numa segunda feira
o melhor feriadão
veio gente de Bonfim
de Andorinha e Região
Um molequinho qualquer
residente em Andorinha
com apenas cinco anos
pouca idade ele tinha
mas todo mundo o conhece
como um tal de trombadinha
era sobrnho de milena
e primo de Mileninha
era o puxador de carro
mais esperto de Andorinha
roubou um relógio de ouro
e outro relógio de bolinha
as figuras desta história
não eram o que parecia
o vendedor de picolé
cocaína produzia
e tem um policial
vendedor de melancia
um detetive que responde
-Não vi nada,não sei não
um cantor sacaneando
Com astofo Zé do pão
e um jegue morto por acaso
por um vermelho fuscão
Baiana de acarajé
Rapariga,cartomante
tiro,roubo,desespero
história mirabolante
recém nascido virou irmã
caindo da roda gigante
no desenrolar de tudo
até jegue apareceu
e como jegue tem sorte
logo logo ele morreu
e tudo que é personagem
nesta história se vendeu
E eu estive aqui
uma vaga a ocupar
quando os grupos resolveram
então se capacitar
eu vim aqui simplismente
para em cordel registrar
Eu vou mandar meu projeto
pra Fundação Cultural
para cobrir a despesa
do grupo individual
e nos eventos que vierem
terei vaga especial
domenica 8 giugno 2008
giovedì 5 giugno 2008
martedì 29 gennaio 2008
giovedì 10 gennaio 2008
Repercussão da peeleja com Lúcifer!
Versão 2...cordelada por Hebert Oliveira
SEMPRE ANDO DEPRESSA
PARA O FUTURO ALCANÇAR
MAS HÁ COISAS NA VIDA
QUE NÃO DÁ PRA AGUENTAR
O JEITO É SEGUIR EM FRENTE
PRA VER ONDE VAI DAR
ANDANDO POR AÍ AFORA
ENCONTREI UMA CIDADÂ
QUE DISSE TER ENCONTRADO
UM TAL DE SATÃ
BICHO DO CASCO DURO
QUE VIVE NO MONTURO
ENQUANTO ELA FALAVA
O POVO NÃO ACREDITAVA
EM TAMANHO ASSOMBRAMENTO
É QUE O BICHO PARECIA GENTE
MISTURADO COM JUMENTO
E FALAVA EU TE PEGO
E TAMBÉM TE ARREBENTO
HÊ SITUAÇÃO DESGRAMADA
SITUAÇÃO SEM JEITO
A PELEJA DA ANASTÁCIA
COM O BICHO PRETO
QUE SAIU NO JORNAL
E O BICHO ERA SUSPEITO
E VENDO A SITUAÇÃO
NÃO DEIXARAM DE NOTAR
ANASTÁCIA TINHA BLUSA
ROSA PRA MODE COMBINAR
COM HAVAIANA ROSINHA
PRA BONITA FICAR
VAIDADE DE LADO O POVO
O POVO ESPERA PELO FIM
DA HISTÓRIA QUE ALI PAROU
AQUI EM SENHOR DO BONFIM
ANASTACIADISSE SE VOCÊS
QUEREM O FINAL DA HISTÓRIA
O BICHO SE ARREBENTOU
SOU MULHER E SOU FORTE
COMIGO NINGUÉM PODE
QUANTO MAIS O CABEÇA DE BODE
SEMPRE ANDO DEPRESSA
PARA O FUTURO ALCANÇAR
MAS HÁ COISAS NA VIDA
QUE NÃO DÁ PRA AGUENTAR
O JEITO É SEGUIR EM FRENTE
PRA VER ONDE VAI DAR
ANDANDO POR AÍ AFORA
ENCONTREI UMA CIDADÂ
QUE DISSE TER ENCONTRADO
UM TAL DE SATÃ
BICHO DO CASCO DURO
QUE VIVE NO MONTURO
ENQUANTO ELA FALAVA
O POVO NÃO ACREDITAVA
EM TAMANHO ASSOMBRAMENTO
É QUE O BICHO PARECIA GENTE
MISTURADO COM JUMENTO
E FALAVA EU TE PEGO
E TAMBÉM TE ARREBENTO
HÊ SITUAÇÃO DESGRAMADA
SITUAÇÃO SEM JEITO
A PELEJA DA ANASTÁCIA
COM O BICHO PRETO
QUE SAIU NO JORNAL
E O BICHO ERA SUSPEITO
E VENDO A SITUAÇÃO
NÃO DEIXARAM DE NOTAR
ANASTÁCIA TINHA BLUSA
ROSA PRA MODE COMBINAR
COM HAVAIANA ROSINHA
PRA BONITA FICAR
VAIDADE DE LADO O POVO
O POVO ESPERA PELO FIM
DA HISTÓRIA QUE ALI PAROU
AQUI EM SENHOR DO BONFIM
ANASTACIADISSE SE VOCÊS
QUEREM O FINAL DA HISTÓRIA
O BICHO SE ARREBENTOU
SOU MULHER E SOU FORTE
COMIGO NINGUÉM PODE
QUANTO MAIS O CABEÇA DE BODE
martedì 8 gennaio 2008
venerdì 4 gennaio 2008
O AMIGO SCHADE ESTEVE POR AQUI E JÁ CONTRIBUIU
A peleja da Gilmara com Lúcifer
- o rei das trevas-
Na minha vida maluca
Com nada mais me iludo
Neste mundo existe coisas
Que quem fala fica mudo
Eu não estou espantada
Mas embora chateada
Vou te falar do Chifrudo
Vou te falar do Cabrunco
No qual eu não boto fé
Do bicho do pé redondo
Seja homem ou mulher
Olhou bem na minha cara
E foi dizendo :Gilmara
-Eu me chamo Lúcifer!
Tentei agir normalmente
E usar de paciência
Mas o bicho agressivo
E sem medir consequência
Começa a me machucar
Foi falando em me matar
Usando de violência
Eu disfarçando o medo
Mas de nada adiantou
O satanás me xingando
O meu pulso apertou
Me deixando preocupada
Disse que eu era safada
E o litro de vinho quebrou
O topete do Rabudo
Aumentava ainda mais
E eu lia em seu olhar
Que era mesmo Satanás
Perguntei por que ele ria
Enquanto em mim batia
-Fala sério Caifás!
L-Não sinto nenhum calor
Eu aprendi a rimar
E com todo meu poder
Vim lhe desafiar
Já estou gargalhando
Pois sei que vou ganhar
G-Ô Tinhoso então responde
De onde vem teu espinho
Teu mau humor desgraçado
Tua falta de carinho
E tua idéia horrorosa
De nessa noite tinhosa
Quebrar meu litro de vinho?
L-Tudo vem de mim mesmo
Menos este teu pavor
De vinho eu nem gosto
Prefiro é o licor
Meu topete bonito
Aumenta o meu horror
G-Pois então o povo todo
Se enganou no candomblé
Quando se fala em Exu
É vinho o que ele quer
Ou Diabo e Satanás
Coisa ruim e Dá pra trás
Não é o mesmo Lúcifer?
L-O povo se engana
Veja a situação
Só inventam histórias
Pra ficar de gozação
A verdade que é bom
Ninguém fala não
G-Então fale você mesmo
Uma verdade sequer
O que na casa de Irene
Quer o homem ou a mulher
Quero saber de verdade
Porque há tanta maldade
Na força de Lúcifer?
L-Inventam mil nomes
Sendo que só tenho um
Poder é que não falta
Amores tenho nenhum
Mas o meu chifre não brilha
Pros piratas eu dei Run
G-Eu já lhe fiz mil perguntas
Sem obter a resposta
Você agora me diga
No que realmente aposta
E porque entrou num corpo
O deixando quase morto
É disso que você gosta?
L-Gosto da perturbação
E também de apostar
Se tu gosta de vinho
Então vais adorar
O que você quiser
Se ganhou vai levar
G-Ainda bem que tu sabes
Com cabelo de Aymoré
Que já ganhei a peleja
E haja o que houver
Sozinha não fico mais
Com demônio ou Satanás
Nem com um tal Lúcifer
L-Você quem ta dizendo
Mas aqui ninguém perdeu
O final já chegou
E você foi quem correu
Vou embora agora
Visitar a caipora
Se não é que já morreu!
Minha gente este encontro
Aconteceu de verdade
Verdade bem verdadeira
Aqui em nossa cidade
Gilmara com Lúcifer
Homem que bate em mulher
Já sabe que é covarde!
Ela não morreu por pouco
Não quis o sanguinolento
Que se jogando no chão
Ali mesmo no relento
Desistiu da agressão
Ali ficando então
O Cão Rabudo e nogento
- o rei das trevas-
Na minha vida maluca
Com nada mais me iludo
Neste mundo existe coisas
Que quem fala fica mudo
Eu não estou espantada
Mas embora chateada
Vou te falar do Chifrudo
Vou te falar do Cabrunco
No qual eu não boto fé
Do bicho do pé redondo
Seja homem ou mulher
Olhou bem na minha cara
E foi dizendo :Gilmara
-Eu me chamo Lúcifer!
Tentei agir normalmente
E usar de paciência
Mas o bicho agressivo
E sem medir consequência
Começa a me machucar
Foi falando em me matar
Usando de violência
Eu disfarçando o medo
Mas de nada adiantou
O satanás me xingando
O meu pulso apertou
Me deixando preocupada
Disse que eu era safada
E o litro de vinho quebrou
O topete do Rabudo
Aumentava ainda mais
E eu lia em seu olhar
Que era mesmo Satanás
Perguntei por que ele ria
Enquanto em mim batia
-Fala sério Caifás!
L-Não sinto nenhum calor
Eu aprendi a rimar
E com todo meu poder
Vim lhe desafiar
Já estou gargalhando
Pois sei que vou ganhar
G-Ô Tinhoso então responde
De onde vem teu espinho
Teu mau humor desgraçado
Tua falta de carinho
E tua idéia horrorosa
De nessa noite tinhosa
Quebrar meu litro de vinho?
L-Tudo vem de mim mesmo
Menos este teu pavor
De vinho eu nem gosto
Prefiro é o licor
Meu topete bonito
Aumenta o meu horror
G-Pois então o povo todo
Se enganou no candomblé
Quando se fala em Exu
É vinho o que ele quer
Ou Diabo e Satanás
Coisa ruim e Dá pra trás
Não é o mesmo Lúcifer?
L-O povo se engana
Veja a situação
Só inventam histórias
Pra ficar de gozação
A verdade que é bom
Ninguém fala não
G-Então fale você mesmo
Uma verdade sequer
O que na casa de Irene
Quer o homem ou a mulher
Quero saber de verdade
Porque há tanta maldade
Na força de Lúcifer?
L-Inventam mil nomes
Sendo que só tenho um
Poder é que não falta
Amores tenho nenhum
Mas o meu chifre não brilha
Pros piratas eu dei Run
G-Eu já lhe fiz mil perguntas
Sem obter a resposta
Você agora me diga
No que realmente aposta
E porque entrou num corpo
O deixando quase morto
É disso que você gosta?
L-Gosto da perturbação
E também de apostar
Se tu gosta de vinho
Então vais adorar
O que você quiser
Se ganhou vai levar
G-Ainda bem que tu sabes
Com cabelo de Aymoré
Que já ganhei a peleja
E haja o que houver
Sozinha não fico mais
Com demônio ou Satanás
Nem com um tal Lúcifer
L-Você quem ta dizendo
Mas aqui ninguém perdeu
O final já chegou
E você foi quem correu
Vou embora agora
Visitar a caipora
Se não é que já morreu!
Minha gente este encontro
Aconteceu de verdade
Verdade bem verdadeira
Aqui em nossa cidade
Gilmara com Lúcifer
Homem que bate em mulher
Já sabe que é covarde!
Ela não morreu por pouco
Não quis o sanguinolento
Que se jogando no chão
Ali mesmo no relento
Desistiu da agressão
Ali ficando então
O Cão Rabudo e nogento
sabato 22 dicembre 2007
Lançamento literário!
Quem é ele?
Segundo ele disse poeticamente!
Aguardem...será lançado o livro mais polêmico de toda a história da autobiografia poética...
A autora...promete abalar as estruturas literárias no tocante aos direitos autorais e liberdade de expressão.
O lançamento está sendo esperado para meados de janeiro de 2008
martedì 20 novembre 2007
ESCRAVA ANASTÁCIA
“A escrava Santa”= Nos meios que militam as lideranças negras, femininas ou masculinas, fala-se muito sobre quem foi e como teria sido a vida e a história da “Escrava Anastácia”, que muitas comunidades religiosas afro-brasileiras, particularmente, as ligadas à religião católica apostólica romana, gostariam de propor à sua Santidade, o Papa, para que fosse beatificada ou santificada, dentro dos preceitos e dos ritos canônicos que regem este histórico e delicadíssimo processo. Pelo pouco que se sabe desta grande mártir negra, que foi uma das inúmeras vítimas do regime de escravidão, no Brasil, em virtude da escassez de dados disponíveis a seu respeito, pode-se dizer, porém, que o seu calvário teve início em 9 de abril de 1740, por ocasião da chegada na Cidade do Rio de Janeiro de um navio negreiro de nome “Madalena”, que vinha da África com carregamento de 112 negros Bantus, originários do Congo, para serem vendidos como escravos em nosso País. Entre esta centena de negros capturados em sua terra natal, vinha, também, toda uma família real, de “Galanga”, que era liderada por um negro, que mais tarde se tornaria famoso, conhecido pelo nome de “Chico-Rei”, em razão de sua ousada atuação no circuito aurífero da região que tinha por centro a Cidade de Ouro Preto, em Minas Gerais, “Delmira”, Mãe de “Anastácia”, era uma jovem formosa e muito atraente pelos seus encantos pessoais, e, por ser muito jovem, ainda no cais do porto, foi arrematada por um mil réis. Indefesa, esta donzela acabou sendo violentada, ficando grávida de um homem branco, motivo pelo qual “Anastácia”, sua filha, possuía “olhos azuis”, cujo nascimento se verificou em “Pompeu”, em 12 de maio, no centro-oeste mineiro. Antes do nascimento de “Anastácia”, a sua Mãe “Delmira” terias vivido, algum tempo, no Estado da Bahia, onde ajudou a muitos escravos, fugitivos da brutalidade, a irem em busca da liberdade. A história nefanda se repete: “Anastácia”, por ser muito bonita, terminou sendo, também, sacrificada pela paixão bestial de um dos filhos de um feitor, não sem antes haver resistido bravamente o quanto pôde a tais assédios; depois de ferozmente perseguida e torturada a violência sexual aconteceu. Apesar de toda circunstância adversa, “Anastácia” não deixou de sustentar a sua costumeira altivez e dignidade, sem jamais permitir que lhe tocassem, o que provocou o ódio dos brancos dominadores, que resolvem castigá-la ainda mais colocando’lhe no rosto uma máscara de ferro, que só era retirada na hora de se alimentar, suportando este instrumento de supremo suplício por longos anos de sua dolorosa, mas heróica existência. As mulheres e as filhas dos senhores de escravos eram as que mais incentivavam a manutenção de tal máscara, porque morriam de inveja e de ciúmes da beleza da “Negra Anastácia”.
“A escrava Santa”= Nos meios que militam as lideranças negras, femininas ou masculinas, fala-se muito sobre quem foi e como teria sido a vida e a história da “Escrava Anastácia”, que muitas comunidades religiosas afro-brasileiras, particularmente, as ligadas à religião católica apostólica romana, gostariam de propor à sua Santidade, o Papa, para que fosse beatificada ou santificada, dentro dos preceitos e dos ritos canônicos que regem este histórico e delicadíssimo processo. Pelo pouco que se sabe desta grande mártir negra, que foi uma das inúmeras vítimas do regime de escravidão, no Brasil, em virtude da escassez de dados disponíveis a seu respeito, pode-se dizer, porém, que o seu calvário teve início em 9 de abril de 1740, por ocasião da chegada na Cidade do Rio de Janeiro de um navio negreiro de nome “Madalena”, que vinha da África com carregamento de 112 negros Bantus, originários do Congo, para serem vendidos como escravos em nosso País. Entre esta centena de negros capturados em sua terra natal, vinha, também, toda uma família real, de “Galanga”, que era liderada por um negro, que mais tarde se tornaria famoso, conhecido pelo nome de “Chico-Rei”, em razão de sua ousada atuação no circuito aurífero da região que tinha por centro a Cidade de Ouro Preto, em Minas Gerais, “Delmira”, Mãe de “Anastácia”, era uma jovem formosa e muito atraente pelos seus encantos pessoais, e, por ser muito jovem, ainda no cais do porto, foi arrematada por um mil réis. Indefesa, esta donzela acabou sendo violentada, ficando grávida de um homem branco, motivo pelo qual “Anastácia”, sua filha, possuía “olhos azuis”, cujo nascimento se verificou em “Pompeu”, em 12 de maio, no centro-oeste mineiro. Antes do nascimento de “Anastácia”, a sua Mãe “Delmira” terias vivido, algum tempo, no Estado da Bahia, onde ajudou a muitos escravos, fugitivos da brutalidade, a irem em busca da liberdade. A história nefanda se repete: “Anastácia”, por ser muito bonita, terminou sendo, também, sacrificada pela paixão bestial de um dos filhos de um feitor, não sem antes haver resistido bravamente o quanto pôde a tais assédios; depois de ferozmente perseguida e torturada a violência sexual aconteceu. Apesar de toda circunstância adversa, “Anastácia” não deixou de sustentar a sua costumeira altivez e dignidade, sem jamais permitir que lhe tocassem, o que provocou o ódio dos brancos dominadores, que resolvem castigá-la ainda mais colocando’lhe no rosto uma máscara de ferro, que só era retirada na hora de se alimentar, suportando este instrumento de supremo suplício por longos anos de sua dolorosa, mas heróica existência. As mulheres e as filhas dos senhores de escravos eram as que mais incentivavam a manutenção de tal máscara, porque morriam de inveja e de ciúmes da beleza da “Negra Anastácia”.
Negra Guerreira
Anastácia
Um grande amigo começou a chamar-me assim carinhosamente e nossos amigos comuns seguiram seu exemplo...espalhando-se o costume resolvi estudar a história desta Negra Guerreira usando voluntariamente este apelido com muitta afeição.Muitas pessoas conheceram-me como Anastácia e chamar-me de gilmara torna-se curiosamente estranho para elas e até para mim quando elas tentam usar o nome da lei.Anastácia é hoje pra mim fonte de inspiração,respeito e carinho...Agradeço ao meu amigo do peito Peu...e a ele dedico esta imagem!
lunedì 19 novembre 2007
Semana da Consciência Negra!
martedì 13 novembre 2007
Que tal uma leitura gostosa?!
Te digo querido amigo
com muito amor e ternura
porque a nossa temática
está rimando com cultura
Pra fazer teatro ou dança
seja homem ou criança
não é feito sem leitura
Para administrar
para ser um bom gestor
mesmo com boa vontade
e uma pitada de amor
Fica um trabalho terrível
se o cara mesmo incrível
não for um bom leitor
Na sua rádio amigo
usando fita ou CD
pra divertir,informar
ou ensinar a comer
Para ter eficiência
utilize a consciência
com o hábito de ler
Usar o computador
que é uma coisa legal
e que hoje você chama
de cultura digital
Perde a eficiência
se na sua incompetência
não se lê o manual
Todo nosso patrimônio
quando sofre violência
deixando a população
com a brutal consequência
Houve então na leitura
irmã gêmea da cultura
perfeita deficiência
lunedì 12 novembre 2007
domenica 11 novembre 2007
Um hotel matuto
II Feira da Economia Solidária
Salvador 08/12/06
Meu amigo não se assuste
Com o nome desse cordel
Pois esta história cabulosa
Aconteceu num hotel
Foi quando a Anastácia
Vindo do interior
Não conteve a emoção
E numa rede deitou
Deitou e logo dormiu
Passando a noite todinha
E com o corpo bem disposto
Acordou de manhazinha
Naquele dia à noite
Quando ao hotel retornou
Já ia se acomodar
Mas a rede não achou
Todo mundo preocupou-se
Com a situação gerada
A rede foi proibida
Parecia uma piada
O hotel querendo ser chique
Inventou uma besteira
De dormir sempre no quarto
Nunca em rede ou esteira
A rede lá na parede
Era apenas ornamento
O pote,o cesto,a peneira
E até nosso jumento
Representando o nordeste
Apenas na ficção
As coisas da nossa gente
Viram ornamentação
Anastácia revoltada
Pensou em protestar
Mas arranjou uma cama
E foi logo se deitar
Hoje conta esta história
Este texto em cordel
Para a gente refletir
A postura do hotel
Quando eu dormir na rede
Me senti em liberdade
Como matuta feliz
Aqui na grande cidade
As redes foram guardadas
Acharam melhor assim
Melhor seria se eu pudesse
carrega-las para mim
você que me ouviu
não caia nesta ilusão
de enxergar o nordeste
como ornamentação
o nordeste é muito lindo
mas não é enfeite não
é vida,é realidade
é nossa sustentação
II Feira da Economia Solidária
Salvador 08/12/06
Meu amigo não se assuste
Com o nome desse cordel
Pois esta história cabulosa
Aconteceu num hotel
Foi quando a Anastácia
Vindo do interior
Não conteve a emoção
E numa rede deitou
Deitou e logo dormiu
Passando a noite todinha
E com o corpo bem disposto
Acordou de manhazinha
Naquele dia à noite
Quando ao hotel retornou
Já ia se acomodar
Mas a rede não achou
Todo mundo preocupou-se
Com a situação gerada
A rede foi proibida
Parecia uma piada
O hotel querendo ser chique
Inventou uma besteira
De dormir sempre no quarto
Nunca em rede ou esteira
A rede lá na parede
Era apenas ornamento
O pote,o cesto,a peneira
E até nosso jumento
Representando o nordeste
Apenas na ficção
As coisas da nossa gente
Viram ornamentação
Anastácia revoltada
Pensou em protestar
Mas arranjou uma cama
E foi logo se deitar
Hoje conta esta história
Este texto em cordel
Para a gente refletir
A postura do hotel
Quando eu dormir na rede
Me senti em liberdade
Como matuta feliz
Aqui na grande cidade
As redes foram guardadas
Acharam melhor assim
Melhor seria se eu pudesse
carrega-las para mim
você que me ouviu
não caia nesta ilusão
de enxergar o nordeste
como ornamentação
o nordeste é muito lindo
mas não é enfeite não
é vida,é realidade
é nossa sustentação
sabato 10 novembre 2007
Cultura negra,cultura nossa!
Um olhar celebrativo sobre a nossa cultura traz em ângulos dimensionais extraordinários ,o que somos e temos como herdeiros das contribuições africanas.Somos filhos de Zumbi,Gangazumba,Anastácia...somos continuidade dos quilombos brasileiros...Embora muitos ainda insistem em nos escravizar,fugimos a cada conquista,dos algozes desumanos e voltamos para expor nossa identidade.Reconhecidos ou não,não somos apenas uma parcela da sociedade mas cidadãos que a tornam culturalmente significativa.As dores que ainda suportamos e que nos acompanham ao longo de nossa história são combatidas a cada passo.E a nossa caminhada continua rumo à valorização e reconhecimento que visa restituir e incentivar projetos de políticas públicas sobretudo onde o negro continua sendo explorado,marginalizado e discriminado.
Semana da consciência Negra !
Cercadas de preconceito ainda por todos os lados e das mais variadas formas exacerbadas de discriminação,a mulher negra ainda está engatinhando na luta da consciência de sua própria autonomia e auto-estima.São ainda os meios de comunicação a ditar com exclusividade os toques de beleza aceitáveis na sociedade.Os canais de tv buscam a forma menos agressiva de expor imagens de negros em seus programas como parte de suas obrigações com a lei ao exigir hoje um percentual de negros e negras,incluindo crianças nas propagandas e demais programas.Aliás,as políticas de apoio à população negra está restringindo a garantias de percentual em programas,universidades,livros didáticos numa reprodução quase integral do Apharteide americano.A mulher negra reage e mostra que sua beleza como de qualquer outra mulher nasce e afirma-se naturalmente.Que a sua auto-estima é independente de qualquer parâmetro de beleza imposto por este ou aquele produtor artístico e que por isso mesmo não deve inclinar-se diante desta ou daquela exploração.
mercoledì 7 novembre 2007
Contra o preconceito!
Teoricamente falando
Racista ninguém é
Nem é preconceituoso
Acredite quem quiser
Que uma jovem afrontou
Sendo “contra” e “a favor”
visitar o candomblé
Ela se justificou
Com desculpa esfarrapada
Dizendo que contra ‘isso”
Realmente não tem nada
Dizendo que candomblé
Ela já sabe o que é
Prefere ficar afastada
Qual seria a razão
Da posição arrogante?
Ficou o elenco pensando
Até um pouco hesitante
E eu pensava que da arte
Tudo enfim fizesse parte
Menos mente ignorante
A jovem me desculpe
Se isso lhe convier
E dê um sacudimento
Em sua idéia lelé
Peça ajuda aos orixás
A ogum e Iemanjá
Pra encarar o candomblé
Recicle a sua mente
Pois ela ainda tem jeito
Estude sua própria história
E traga ela no peito
Uma-se à negritude
Combata com atitude
A algema do preconceito
Ficar em cima do muro
É sinal de indecisão
É olhar sempre de fora
E não ter opinião
Nunca assume de verdade
A luta da comunidade
Contra a discriminação
Paro aqui o meu discurso
Este é meu ponto de vista
Me coloco a serviço
Nesta vida de artista
Contra a discriminação
E o preconceito vilão
Em nosso mundo racista
A festa do caboclo
Que pude presenciar
Foi a oitava maravilha
Foi mesmo de encantar
Eu conhecia pouco
Sobre a festa do caboclo
Agora não vou faltar
Racista ninguém é
Nem é preconceituoso
Acredite quem quiser
Que uma jovem afrontou
Sendo “contra” e “a favor”
visitar o candomblé
Ela se justificou
Com desculpa esfarrapada
Dizendo que contra ‘isso”
Realmente não tem nada
Dizendo que candomblé
Ela já sabe o que é
Prefere ficar afastada
Qual seria a razão
Da posição arrogante?
Ficou o elenco pensando
Até um pouco hesitante
E eu pensava que da arte
Tudo enfim fizesse parte
Menos mente ignorante
A jovem me desculpe
Se isso lhe convier
E dê um sacudimento
Em sua idéia lelé
Peça ajuda aos orixás
A ogum e Iemanjá
Pra encarar o candomblé
Recicle a sua mente
Pois ela ainda tem jeito
Estude sua própria história
E traga ela no peito
Uma-se à negritude
Combata com atitude
A algema do preconceito
Ficar em cima do muro
É sinal de indecisão
É olhar sempre de fora
E não ter opinião
Nunca assume de verdade
A luta da comunidade
Contra a discriminação
Paro aqui o meu discurso
Este é meu ponto de vista
Me coloco a serviço
Nesta vida de artista
Contra a discriminação
E o preconceito vilão
Em nosso mundo racista
A festa do caboclo
Que pude presenciar
Foi a oitava maravilha
Foi mesmo de encantar
Eu conhecia pouco
Sobre a festa do caboclo
Agora não vou faltar
Anastacia
Desfile quase afro!
Falo de desfile afro
Uma idéia até legal
Pensando em combater
O preconceito racial
Mas é preciso atenção
Pois a discriminação
Se tornou algo normal
È um tal de dança afro
Como auge musical
Concurso até de receitas
De comida cultural
Mas a tal sociedade
Não abandona a maldade
Na maior cara de pau
O ‘Afro’ virou esporte
Programa de televisão
Virou até fantasia
Para a discriminação
Que encarnou no brasileiro
Lobo em pele de carneiro
Deixe disso meu irmão
Minha mãe já me dizia
Um provérbio popular
Quebra a cara quem não quer
A verdade enxergar
Tapar o sol com a peneira
Pra encobrir a sujeira
Para o negro tapear
Ninguém mais quer relembrar
Do tempo da escravidão
De escravo e de senhor
De senzala ou capitão
Que o negro oprimia
De noite e também de dia
Naquele velho porão
Isso é rixa do passado
Dizem os grandes escritores
Falemos da beleza afro
Ao negro demos louvores
Mesmo que hoje em dia
Vivam nas periferias
Sofrendo os mesmos horrores
O Brasil olhando o negro
E dizendo: muito bem!
Conseguiram apanhar
E ficar dizendo amém
Hoje ainda explorado
Repetindo seu passado
Da vida ficando aquém
Quero só que fique claro
Nos eventos culturais
Que afro não é enfeite
Para grupos teatrais
O negro com atitude
Com desfile não se ilude
Precisa de muito mais
Falo de desfile afro
Uma idéia até legal
Pensando em combater
O preconceito racial
Mas é preciso atenção
Pois a discriminação
Se tornou algo normal
È um tal de dança afro
Como auge musical
Concurso até de receitas
De comida cultural
Mas a tal sociedade
Não abandona a maldade
Na maior cara de pau
O ‘Afro’ virou esporte
Programa de televisão
Virou até fantasia
Para a discriminação
Que encarnou no brasileiro
Lobo em pele de carneiro
Deixe disso meu irmão
Minha mãe já me dizia
Um provérbio popular
Quebra a cara quem não quer
A verdade enxergar
Tapar o sol com a peneira
Pra encobrir a sujeira
Para o negro tapear
Ninguém mais quer relembrar
Do tempo da escravidão
De escravo e de senhor
De senzala ou capitão
Que o negro oprimia
De noite e também de dia
Naquele velho porão
Isso é rixa do passado
Dizem os grandes escritores
Falemos da beleza afro
Ao negro demos louvores
Mesmo que hoje em dia
Vivam nas periferias
Sofrendo os mesmos horrores
O Brasil olhando o negro
E dizendo: muito bem!
Conseguiram apanhar
E ficar dizendo amém
Hoje ainda explorado
Repetindo seu passado
Da vida ficando aquém
Quero só que fique claro
Nos eventos culturais
Que afro não é enfeite
Para grupos teatrais
O negro com atitude
Com desfile não se ilude
Precisa de muito mais
Aos amigos cordelistas
Guegueu, Jotacê,Acobar,Raninho, Danilo,Maicon e Zumar
e a todos que são fonte de inspiração para os meus rascunhos,
sobretudo àqueles que me apoiaram na divulgação desta arte milenar.
Os versos aqui registrados são de cunho “intimista” como dizia Dimas, mas os coloco neste baú para que sirvam de entretenimento literário...
Vos apresento afetuosamente meus...
Rascunhos de Cordel!
Guegueu, Jotacê,Acobar,Raninho, Danilo,Maicon e Zumar
e a todos que são fonte de inspiração para os meus rascunhos,
sobretudo àqueles que me apoiaram na divulgação desta arte milenar.
Os versos aqui registrados são de cunho “intimista” como dizia Dimas, mas os coloco neste baú para que sirvam de entretenimento literário...
Vos apresento afetuosamente meus...
Rascunhos de Cordel!
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