martedì 3 agosto 2010

Medooooooooooo

Meu jovem não fique rindo
por que o caso é sério
eu não trabalho com medo
pois egun não tem mistério
e Exu não mete medo
e o lugar de mais sossego
é dentro do cemitério

È dentro do cemitério
o melhor lugar do mundo
onde todos são iguais
do santo ao vagabundo
e é dentro do cemitério
que eu sinto todo o mistério
em um silêncio profundo

Àqueles que acreditam que existem almas que correm atrás da gente!

domenica 1 agosto 2010


Na sombra da noite!

Covas-Itiúba 31/07/2010 Arte no Árido

Eu vim pra esta oficina
por acaso por ventura
de Bonfim peguei carona
logo em busca de cultura
para então conhecer
a nossa xilogravura
logo que aqui cheguei
meu coração embalado
viu logo Natividade
por ele bem palpitado
avistei com alegria
o grande mestre Maxado
por isso muito ganhei
como numa loteria
e hoje nasci de novo
retormei esta magia
faltava xilogravura
em toda minha poesia
Luiz é a própria arte
por ele tenho amizade
aprendi com sua vida
muita criatividade
seu nome já é uma lenda
se chama Natividade
dele nasce a poesia
o encanto a lealdade
nasce esta simpatia
esta força de vontade
nasce a serenidade
do mestre Natividade

mercoledì 21 aprile 2010

Anastácia é um Episódo cabível!

Na sombra da noite!

A todos que acham que me conhecem ...muito prazer!!!Sou Anastácia ...

lunedì 21 luglio 2008

Em minha vida tudo vira cordel!


Vejam a minha avaliação cordelística sobre uma capacitação para grupos de teatro em Andorinha!


Atrizes e atores presentes

utilizo este papel

e registro este momento

com este simples cordel

pois eu soube deste evento

quando estive em um bordel


Eu entrei por acaso

no cabaré da Regina

que antes era na BR

e mudou pra uma esquina

"Tu nem vai pra Andorinha

vai ficar aqui menina?"


Uma bicha arretada

que não digo nem a pau

disse:-"Lá em Andorinha

é que deve tá legal

pois tem um curso porreta

de direção teatral"


Meio sem acreditar

no que a pessoa diz

fu falar com Benedito

lá na Casinha Feliz

e se vocês querem saber

eu vim aqui porque eu quis


pois disseram que o curso

era bom pra valer

"mas que infelizmente

não tem vaga pra você

e ainda se espataram

"Como tu fo saber?"


Bem feito para você

que não é de nosso grupo

agora vá fazer cordel

com essa cara de luto

domingo eles tão de volta

e ai te contam tudo


Eu me atropelei toda

limpei minha cara de pau

peguei a minha barraca

e vejo que não fiz mal

-Vou ver qual é a de mermo

da direção teatral


Quando avistei a serra

vi que estava em Andorinha

sem vaga,sem inscrição

sem dinheiro mas eu vinha

vindo de inxerida

era a certeza que eu tinha


Para encontrar o encontro

procurei uma solução

pois fazer fofoca é fácil

mas custa uma informação

é como achar a verdade

em tempo de eleição


Descobrir qu o tal curso

da suspeita direção

era parte de um projeto

de ter capacitação

com Vinícios professor

que era uma tentação


Agora veja no que deu

esta capacitação

montaram uma montagem

mais que filme de ação

todo mundo bem perdido

procurando solução


Aconteceu uma festa

cheinha de confusão

foi numa segunda feira

o melhor feriadão

veio gente de Bonfim

de Andorinha e Região


Um molequinho qualquer

residente em Andorinha

com apenas cinco anos

pouca idade ele tinha

mas todo mundo o conhece

como um tal de trombadinha


era sobrnho de milena

e primo de Mileninha

era o puxador de carro

mais esperto de Andorinha

roubou um relógio de ouro

e outro relógio de bolinha


as figuras desta história

não eram o que parecia

o vendedor de picolé

cocaína produzia

e tem um policial

vendedor de melancia


um detetive que responde

-Não vi nada,não sei não

um cantor sacaneando

Com astofo Zé do pão

e um jegue morto por acaso

por um vermelho fuscão


Baiana de acarajé

Rapariga,cartomante

tiro,roubo,desespero

história mirabolante

recém nascido virou irmã

caindo da roda gigante


no desenrolar de tudo

até jegue apareceu

e como jegue tem sorte

logo logo ele morreu

e tudo que é personagem

nesta história se vendeu


E eu estive aqui

uma vaga a ocupar

quando os grupos resolveram

então se capacitar

eu vim aqui simplismente

para em cordel registrar


Eu vou mandar meu projeto

pra Fundação Cultural

para cobrir a despesa

do grupo individual

e nos eventos que vierem

terei vaga especial

martedì 29 gennaio 2008

giovedì 10 gennaio 2008

Repercussão da peeleja com Lúcifer!

Versão 2...cordelada por Hebert Oliveira

SEMPRE ANDO DEPRESSA
PARA O FUTURO ALCANÇAR
MAS HÁ COISAS NA VIDA
QUE NÃO DÁ PRA AGUENTAR
O JEITO É SEGUIR EM FRENTE
PRA VER ONDE VAI DAR

ANDANDO POR AÍ AFORA
ENCONTREI UMA CIDADÂ
QUE DISSE TER ENCONTRADO
UM TAL DE SATÃ
BICHO DO CASCO DURO
QUE VIVE NO MONTURO

ENQUANTO ELA FALAVA
O POVO NÃO ACREDITAVA
EM TAMANHO ASSOMBRAMENTO
É QUE O BICHO PARECIA GENTE
MISTURADO COM JUMENTO
E FALAVA EU TE PEGO
E TAMBÉM TE ARREBENTO

HÊ SITUAÇÃO DESGRAMADA
SITUAÇÃO SEM JEITO
A PELEJA DA ANASTÁCIA
COM O BICHO PRETO
QUE SAIU NO JORNAL
E O BICHO ERA SUSPEITO

E VENDO A SITUAÇÃO
NÃO DEIXARAM DE NOTAR
ANASTÁCIA TINHA BLUSA
ROSA PRA MODE COMBINAR
COM HAVAIANA ROSINHA
PRA BONITA FICAR

VAIDADE DE LADO O POVO
O POVO ESPERA PELO FIM
DA HISTÓRIA QUE ALI PAROU
AQUI EM SENHOR DO BONFIM

ANASTACIADISSE SE VOCÊS
QUEREM O FINAL DA HISTÓRIA
O BICHO SE ARREBENTOU
SOU MULHER E SOU FORTE
COMIGO NINGUÉM PODE
QUANTO MAIS O CABEÇA DE BODE

martedì 8 gennaio 2008

venerdì 4 gennaio 2008

O AMIGO SCHADE ESTEVE POR AQUI E JÁ CONTRIBUIU

A peleja da Gilmara com Lúcifer
- o rei das trevas-

Na minha vida maluca
Com nada mais me iludo
Neste mundo existe coisas
Que quem fala fica mudo
Eu não estou espantada
Mas embora chateada
Vou te falar do Chifrudo

Vou te falar do Cabrunco
No qual eu não boto fé
Do bicho do pé redondo
Seja homem ou mulher
Olhou bem na minha cara
E foi dizendo :Gilmara
-Eu me chamo Lúcifer!

Tentei agir normalmente
E usar de paciência
Mas o bicho agressivo
E sem medir consequência
Começa a me machucar
Foi falando em me matar
Usando de violência


Eu disfarçando o medo
Mas de nada adiantou
O satanás me xingando
O meu pulso apertou
Me deixando preocupada
Disse que eu era safada
E o litro de vinho quebrou

O topete do Rabudo
Aumentava ainda mais
E eu lia em seu olhar
Que era mesmo Satanás
Perguntei por que ele ria
Enquanto em mim batia
-Fala sério Caifás!

L-Não sinto nenhum calor
Eu aprendi a rimar
E com todo meu poder
Vim lhe desafiar
Já estou gargalhando
Pois sei que vou ganhar

G-Ô Tinhoso então responde
De onde vem teu espinho
Teu mau humor desgraçado
Tua falta de carinho
E tua idéia horrorosa
De nessa noite tinhosa
Quebrar meu litro de vinho?

L-Tudo vem de mim mesmo
Menos este teu pavor
De vinho eu nem gosto
Prefiro é o licor
Meu topete bonito
Aumenta o meu horror

G-Pois então o povo todo
Se enganou no candomblé
Quando se fala em Exu
É vinho o que ele quer
Ou Diabo e Satanás
Coisa ruim e Dá pra trás
Não é o mesmo Lúcifer?

L-O povo se engana
Veja a situação
Só inventam histórias
Pra ficar de gozação
A verdade que é bom
Ninguém fala não

G-Então fale você mesmo
Uma verdade sequer
O que na casa de Irene
Quer o homem ou a mulher
Quero saber de verdade
Porque há tanta maldade
Na força de Lúcifer?

L-Inventam mil nomes
Sendo que só tenho um
Poder é que não falta
Amores tenho nenhum
Mas o meu chifre não brilha
Pros piratas eu dei Run

G-Eu já lhe fiz mil perguntas
Sem obter a resposta
Você agora me diga
No que realmente aposta
E porque entrou num corpo
O deixando quase morto
É disso que você gosta?

L-Gosto da perturbação
E também de apostar
Se tu gosta de vinho
Então vais adorar
O que você quiser
Se ganhou vai levar

G-Ainda bem que tu sabes
Com cabelo de Aymoré
Que já ganhei a peleja
E haja o que houver
Sozinha não fico mais
Com demônio ou Satanás
Nem com um tal Lúcifer

L-Você quem ta dizendo
Mas aqui ninguém perdeu
O final já chegou
E você foi quem correu
Vou embora agora
Visitar a caipora
Se não é que já morreu!

Minha gente este encontro
Aconteceu de verdade
Verdade bem verdadeira
Aqui em nossa cidade
Gilmara com Lúcifer
Homem que bate em mulher
Já sabe que é covarde!

Ela não morreu por pouco
Não quis o sanguinolento
Que se jogando no chão
Ali mesmo no relento
Desistiu da agressão
Ali ficando então
O Cão Rabudo e nogento

sabato 22 dicembre 2007

Lançamento literário!


Quem é ele?
Segundo ele disse poeticamente!
Aguardem...será lançado o livro mais polêmico de toda a história da autobiografia poética...
A autora...promete abalar as estruturas literárias no tocante aos direitos autorais e liberdade de expressão.
O lançamento está sendo esperado para meados de janeiro de 2008

martedì 20 novembre 2007

ESCRAVA ANASTÁCIA
“A escrava Santa”= Nos meios que militam as lideranças negras, femininas ou masculinas, fala-se muito sobre quem foi e como teria sido a vida e a história da “Escrava Anastácia”, que muitas comunidades religiosas afro-brasileiras, particularmente, as ligadas à religião católica apostólica romana, gostariam de propor à sua Santidade, o Papa, para que fosse beatificada ou santificada, dentro dos preceitos e dos ritos canônicos que regem este histórico e delicadíssimo processo. Pelo pouco que se sabe desta grande mártir negra, que foi uma das inúmeras vítimas do regime de escravidão, no Brasil, em virtude da escassez de dados disponíveis a seu respeito, pode-se dizer, porém, que o seu calvário teve início em 9 de abril de 1740, por ocasião da chegada na Cidade do Rio de Janeiro de um navio negreiro de nome “Madalena”, que vinha da África com carregamento de 112 negros Bantus, originários do Congo, para serem vendidos como escravos em nosso País. Entre esta centena de negros capturados em sua terra natal, vinha, também, toda uma família real, de “Galanga”, que era liderada por um negro, que mais tarde se tornaria famoso, conhecido pelo nome de “Chico-Rei”, em razão de sua ousada atuação no circuito aurífero da região que tinha por centro a Cidade de Ouro Preto, em Minas Gerais, “Delmira”, Mãe de “Anastácia”, era uma jovem formosa e muito atraente pelos seus encantos pessoais, e, por ser muito jovem, ainda no cais do porto, foi arrematada por um mil réis. Indefesa, esta donzela acabou sendo violentada, ficando grávida de um homem branco, motivo pelo qual “Anastácia”, sua filha, possuía “olhos azuis”, cujo nascimento se verificou em “Pompeu”, em 12 de maio, no centro-oeste mineiro. Antes do nascimento de “Anastácia”, a sua Mãe “Delmira” terias vivido, algum tempo, no Estado da Bahia, onde ajudou a muitos escravos, fugitivos da brutalidade, a irem em busca da liberdade. A história nefanda se repete: “Anastácia”, por ser muito bonita, terminou sendo, também, sacrificada pela paixão bestial de um dos filhos de um feitor, não sem antes haver resistido bravamente o quanto pôde a tais assédios; depois de ferozmente perseguida e torturada a violência sexual aconteceu. Apesar de toda circunstância adversa, “Anastácia” não deixou de sustentar a sua costumeira altivez e dignidade, sem jamais permitir que lhe tocassem, o que provocou o ódio dos brancos dominadores, que resolvem castigá-la ainda mais colocando’lhe no rosto uma máscara de ferro, que só era retirada na hora de se alimentar, suportando este instrumento de supremo suplício por longos anos de sua dolorosa, mas heróica existência. As mulheres e as filhas dos senhores de escravos eram as que mais incentivavam a manutenção de tal máscara, porque morriam de inveja e de ciúmes da beleza da “Negra Anastácia”.

Negra Guerreira



Anastácia


Um grande amigo começou a chamar-me assim carinhosamente e nossos amigos comuns seguiram seu exemplo...espalhando-se o costume resolvi estudar a história desta Negra Guerreira usando voluntariamente este apelido com muitta afeição.Muitas pessoas conheceram-me como Anastácia e chamar-me de gilmara torna-se curiosamente estranho para elas e até para mim quando elas tentam usar o nome da lei.Anastácia é hoje pra mim fonte de inspiração,respeito e carinho...Agradeço ao meu amigo do peito Peu...e a ele dedico esta imagem!

lunedì 19 novembre 2007


Salve as baianas de Acarajé!

Semana da Consciência Negra!


Semana da Conciência Negra!
Salve Zumbi....Gangazumba....
Salve a cultura afro brasileira:
Capoeira,Samba de Lata,Candomblé...
Sorriso aberto e cheio de esperanças na permanente luta contra a escravidão e o preconceito racial!

Salve a beleza negra...!
Axé...

martedì 13 novembre 2007

Que tal uma leitura gostosa?!


Te digo querido amigo
com muito amor e ternura
porque a nossa temática
está rimando com cultura
Pra fazer teatro ou dança
seja homem ou criança
não é feito sem leitura
Para administrar
para ser um bom gestor
mesmo com boa vontade
e uma pitada de amor
Fica um trabalho terrível
se o cara mesmo incrível
não for um bom leitor
Na sua rádio amigo
usando fita ou CD
pra divertir,informar
ou ensinar a comer
Para ter eficiência
utilize a consciência
com o hábito de ler
Usar o computador
que é uma coisa legal
e que hoje você chama
de cultura digital
Perde a eficiência
se na sua incompetência
não se lê o manual
Todo nosso patrimônio
quando sofre violência
deixando a população
com a brutal consequência
Houve então na leitura
irmã gêmea da cultura
perfeita deficiência

lunedì 12 novembre 2007


Na sombra da noite!


D.Ana aos 85 anos
Símbolo da resistência física tão natural na mulher negra.
Embora não mais enxergue devido ao glaucoma,com o auxílio dos outros sentidos ainda cuida de sua roupa e é exemplo de sensibilidade para todos.

domenica 11 novembre 2007


Um hotel matuto

II Feira da Economia Solidária
Salvador 08/12/06

Meu amigo não se assuste
Com o nome desse cordel
Pois esta história cabulosa
Aconteceu num hotel

Foi quando a Anastácia
Vindo do interior
Não conteve a emoção
E numa rede deitou

Deitou e logo dormiu
Passando a noite todinha
E com o corpo bem disposto
Acordou de manhazinha

Naquele dia à noite
Quando ao hotel retornou
Já ia se acomodar
Mas a rede não achou

Todo mundo preocupou-se
Com a situação gerada
A rede foi proibida
Parecia uma piada

O hotel querendo ser chique
Inventou uma besteira
De dormir sempre no quarto
Nunca em rede ou esteira

A rede lá na parede
Era apenas ornamento
O pote,o cesto,a peneira
E até nosso jumento

Representando o nordeste
Apenas na ficção
As coisas da nossa gente
Viram ornamentação

Anastácia revoltada
Pensou em protestar
Mas arranjou uma cama
E foi logo se deitar

Hoje conta esta história
Este texto em cordel
Para a gente refletir
A postura do hotel

Quando eu dormir na rede
Me senti em liberdade
Como matuta feliz
Aqui na grande cidade

As redes foram guardadas
Acharam melhor assim
Melhor seria se eu pudesse
carrega-las para mim

você que me ouviu
não caia nesta ilusão
de enxergar o nordeste
como ornamentação

o nordeste é muito lindo
mas não é enfeite não
é vida,é realidade
é nossa sustentação

sabato 10 novembre 2007

Cultura negra,cultura nossa!



Um olhar celebrativo sobre a nossa cultura traz em ângulos dimensionais extraordinários ,o que somos e temos como herdeiros das contribuições africanas.Somos filhos de Zumbi,Gangazumba,Anastácia...somos continuidade dos quilombos brasileiros...Embora muitos ainda insistem em nos escravizar,fugimos a cada conquista,dos algozes desumanos e voltamos para expor nossa identidade.Reconhecidos ou não,não somos apenas uma parcela da sociedade mas cidadãos que a tornam culturalmente significativa.As dores que ainda suportamos e que nos acompanham ao longo de nossa história são combatidas a cada passo.E a nossa caminhada continua rumo à valorização e reconhecimento que visa restituir e incentivar projetos de políticas públicas sobretudo onde o negro continua sendo explorado,marginalizado e discriminado.

Semana da consciência Negra !





Cercadas de preconceito ainda por todos os lados e das mais variadas formas exacerbadas de discriminação,a mulher negra ainda está engatinhando na luta da consciência de sua própria autonomia e auto-estima.São ainda os meios de comunicação a ditar com exclusividade os toques de beleza aceitáveis na sociedade.Os canais de tv buscam a forma menos agressiva de expor imagens de negros em seus programas como parte de suas obrigações com a lei ao exigir hoje um percentual de negros e negras,incluindo crianças nas propagandas e demais programas.Aliás,as políticas de apoio à população negra está restringindo a garantias de percentual em programas,universidades,livros didáticos numa reprodução quase integral do Apharteide americano.A mulher negra reage e mostra que sua beleza como de qualquer outra mulher nasce e afirma-se naturalmente.Que a sua auto-estima é independente de qualquer parâmetro de beleza imposto por este ou aquele produtor artístico e que por isso mesmo não deve inclinar-se diante desta ou daquela exploração.

mercoledì 7 novembre 2007

Contra o preconceito!

Teoricamente falando
Racista ninguém é
Nem é preconceituoso
Acredite quem quiser
Que uma jovem afrontou
Sendo “contra” e “a favor”
visitar o candomblé

Ela se justificou
Com desculpa esfarrapada
Dizendo que contra ‘isso”
Realmente não tem nada
Dizendo que candomblé
Ela já sabe o que é
Prefere ficar afastada

Qual seria a razão
Da posição arrogante?
Ficou o elenco pensando
Até um pouco hesitante
E eu pensava que da arte
Tudo enfim fizesse parte
Menos mente ignorante

A jovem me desculpe
Se isso lhe convier
E dê um sacudimento
Em sua idéia lelé
Peça ajuda aos orixás
A ogum e Iemanjá
Pra encarar o candomblé

Recicle a sua mente
Pois ela ainda tem jeito
Estude sua própria história
E traga ela no peito
Uma-se à negritude
Combata com atitude
A algema do preconceito

Ficar em cima do muro
É sinal de indecisão
É olhar sempre de fora
E não ter opinião
Nunca assume de verdade
A luta da comunidade
Contra a discriminação

Paro aqui o meu discurso
Este é meu ponto de vista
Me coloco a serviço
Nesta vida de artista
Contra a discriminação
E o preconceito vilão
Em nosso mundo racista

A festa do caboclo
Que pude presenciar
Foi a oitava maravilha
Foi mesmo de encantar
Eu conhecia pouco
Sobre a festa do caboclo
Agora não vou faltar

Anastacia

Desfile quase afro!

Falo de desfile afro
Uma idéia até legal
Pensando em combater
O preconceito racial
Mas é preciso atenção
Pois a discriminação
Se tornou algo normal

È um tal de dança afro
Como auge musical
Concurso até de receitas
De comida cultural
Mas a tal sociedade
Não abandona a maldade
Na maior cara de pau


O ‘Afro’ virou esporte
Programa de televisão
Virou até fantasia
Para a discriminação
Que encarnou no brasileiro
Lobo em pele de carneiro
Deixe disso meu irmão

Minha mãe já me dizia
Um provérbio popular
Quebra a cara quem não quer
A verdade enxergar
Tapar o sol com a peneira
Pra encobrir a sujeira
Para o negro tapear

Ninguém mais quer relembrar
Do tempo da escravidão
De escravo e de senhor
De senzala ou capitão
Que o negro oprimia
De noite e também de dia
Naquele velho porão

Isso é rixa do passado
Dizem os grandes escritores
Falemos da beleza afro
Ao negro demos louvores
Mesmo que hoje em dia
Vivam nas periferias
Sofrendo os mesmos horrores

O Brasil olhando o negro
E dizendo: muito bem!
Conseguiram apanhar
E ficar dizendo amém
Hoje ainda explorado
Repetindo seu passado
Da vida ficando aquém

Quero só que fique claro
Nos eventos culturais
Que afro não é enfeite
Para grupos teatrais
O negro com atitude
Com desfile não se ilude
Precisa de muito mais
Aos amigos cordelistas
Guegueu, Jotacê,Acobar,Raninho, Danilo,Maicon e Zumar
e a todos que são fonte de inspiração para os meus rascunhos,
sobretudo àqueles que me apoiaram na divulgação desta arte milenar.
Os versos aqui registrados são de cunho “intimista” como dizia Dimas, mas os coloco neste baú para que sirvam de entretenimento literário...
Vos apresento afetuosamente meus...

Rascunhos de Cordel!
Neste mundo inebriante

como um grande carrossel
Neste mundo inebriante
como um grande carrossel
cada um é universo
um grande favo de mel
Aqui quero celebrar
a cultura popular
A vida escrita em cordel!